quarta-feira, 28 de julho de 2010

Saudade do que não vivi


Acordando de mais uma ressaca noturna
Daquelas que me fazem pensar demasiadamente
Tento espantar a tristeza nada oportuna
Que deseja espalhar-se por mim profundamente

E ouvindo músicas que não pertencem ao agora
Fui levada a aquele 'ontem' cantado
E viajei na imaginação com cada história
E a cada verso a mim pronunciado

Não se fazem mais canções como antigamente
Mas os clássicos sobreviverão para eternidade
Nem que seja apenas dentro da minha mente
Resgatando-lhe o que restou de sanidade

Com esses mestres atravesso a rua
Gritando socorro para o meu amor
Atravesso o universo e paro na lua
Tudo o que você precisa é de amor

E irei buscar no fundo do mar
O reflexo dos diamantes que estão no além
No colorido que existe no ar
Penso nos garotos de Liverpool e digo:AMÉM!

Um comentário:

  1. Adorei.
    É mesmo, às vezes a gente defende, se intusiasma e até lembra de coisas que não são do nosso tempo.
    Eu nunca morei no sertão, mas quando ouço coisas que falam de lá, fico lembrando de coisas que nunca aconteceram, sentindo saudades do café no alpendre que nunca tomei, do cuscuz com leite de manhãzinha antes de ir pro curral.
    É alheio, mas mesmo assim, faz parte de mim.
    hehehe

    Adorei a poesia!
    Xeroo

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