quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Sui caedes


As folhas das árvores já estão todas no chão
O vento uiva forte ao meu ouvido
Caminho acompanhada da mesma solidão
Buscando algum tipo de sentido

Repouso o meu corpo no balanço
Indo e vindo,imersa num estranho topor
Com as mãos trêmulas eu alcanço
O que resta da luz do sol ao se pôr

Eu fico falando sem palavras
Os galhos balançam em resposta
Os sombras espiam, severas
Maquinando alguma aposta

"Vai virar comida de corvo"
"Os lobos a devorarão"
"Árvores com adubo novo"
"...demônio sem compaixão"

Esta última gritava à solidão
Que a corda do balanço enrolava
No pescoço da menina enebriada
Sem nenhum tipo de reação

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